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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Salve a Arara Azul...

Características:
• Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus
• Está na lista de espécies ameaçadas de extinção
• Maior entre os psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas)
• Chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda
• Peso de até 1,3 kg.
Habitat:
• No Pantanal, 90% dos ninhos de araras-azuis são feitos no manduvi, árvore com cerne macio
• As araras aumentam pequenas cavidades no tronco das árvores para fazer seus ninhos
• Os ninhos são forrados com serragem que as araras arrancam da árvore
• Há disputa com outras espécies por ser difícil encontrar cavidades naturais.
Comportamento:
• Gostam de voar em pares ou em grupo.
• Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes
• Nos fins de tarde, se reúnem em bandos em árvores “dormitório”
Alimentação:
• Se alimentam das castanhas retiradas de côcos de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiúva
• No caso do acuri, aproveitam aqueles caídos no chão, ruminados pelo gado ou por animais silvestres
• O côco da bocaiuva é colhido e comido diretamente no cacho.
Projeto Arara Azul...
Descrição:
Projeto integrado de pesquisa biológica e educação ambiental para a proteção da arara azul grande, espécie ameaçada de extinção, no Pantanal mato-grossense.
Duração:
1999 (Outubro) - em andamento
Localização:
Pantanal (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso)
Contexto:
Conhecida como o continente das aves, a América do Sul possui 1/3 das espécies do planeta. Só o Brasil reúne 1/5 dos psitacídios existentes, isto é, 71 espécies distribuídas entre papagaios, periquitos, araras, maritacas e jandaias, entre outros. Ameaçada de extinção, a arara azul (Anodorynchus hyacinthinus) se destaca nesse cenário não só pela sua beleza, mas por ser a maior do mundo: aproximadamente um metro da ponta do bico à cauda e cerca de 1,3 quilo de peso.
De fácil visualização e bastante ruidosa, a arara azul impressiona pela coloração azul cobalto, sendo reconhecida como um dos atrativos turísticos do Pantanal.
A espécie é carismática e bastante popular entre os habitantes da região. Sua distribuição original abrangia Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e parte dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e do Pará. Devido à captura ilegal para atender à demanda do comércio nacional e internacional, à descaracterização do seu habitat e à coleta de penas para adornos indígenas e carnavalescos, tornou-se uma espécie ameaçada de extinção. A situação da arara azul na natureza só começou a mudar em 1990, quando foram iniciados os primeiros estudos da espécie no Pantanal Sul Mato-grossense (Guedes, 1993). Hoje elas têm uma possibilidade concreta de conservação graças aos trabalhos científicos e de conscientização realizados pela equipe de pesquisadores e educadores do Projeto Arara Azul junto aos proprietários de fazenda, população local e turistas que visitam o Pantanal. Cerca de 42 fazendas integram o projeto, abrigando aproximadamente 310 ninhos naturais e 170 artificias instalados. Os proprietários se comprometem a observar as araras e anotar dados, além de protege-las. Já os turistas são informados sobre a sua importância para o equilíbrio do Pantanal e a responsabilidade de cada um na proteção da espécie.
Descrição do Projeto:
O Projeto Arara Azul, iniciado há mais de 10 anos pela bióloga Neiva Guedes, tem como objetivo promover a conservação da arara azul grande na natureza, difundir a importância da conservação da biodiversidade do Pantanal sul-matogrossense e mobilizar a população em geral em favor da conservação da região. Compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais numa área de 400 mil hectares além do trabalho, em conjunto com proprietários locais, de proteção da espécie.
Parceiros/Executantes do Projeto :
Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal-UNIDERP, Fundação Manoel de Barros, Fundação Ecotrópica, Refúgio Ecológico Caiman (Miranda, MS), WWF-Brasil, Toyota.
Fonte de Recursos:
WWF-Brasil, UNIDERP-Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e Fundação Manoel de Barros.
Participação do WWF:
O WWF-Brasil subsidia os estudos biológicos e busca a integração dos esforços de pesquisa, educação ambiental, divulgação e políticas de proteção em todo o Pantanal. Simultaneamente, no estado do Mato Grosso, a organização está analisando a distribuição e a densidade da espécie em áreas de interesse. Desta forma vem promovendo, por meio da perpetuação da arara azul, a conservação do Pantanal brasileiro.
Principais Resultados:
Mais de 40 fazendas, espalhadas em quatro pantanais - Nhecolândia, Abobral, Miranda e Nabileque - foram contatadas e hoje integram o projeto ajudando no monitoramento da espécie.
Já se observa nítida mudança de atitude da população do Pantanal em função do trabalho educativo e do contato permanente desenvolvido pela equipe do Projeto Arara Azul. As comunidades locais, que costumavam ter a arara azul como animal de estimação, atualmente reconhecem a importância de mantê-las na natureza e se orgulham de vê-las voando livres.
Com a ajuda de alguns proprietários, o Projeto consegue monitorar 487 ninhos, artificiais e naturais. Cada um é verificado, em média, uma vez por mês e todos os dados são registrados em planilhas específicas. O acúmulo destas informações permite conhecer os padrões reprodutivos.
Na busca por minimizar a carência de cavidades naturais para a formação dos ninhos, é feita a oferta de ninhos artificiais.
Montagem de laboratório para manejo de filhotes "ex-situ" (fora do ambiente natural) em 2000. O laboratório conta com incubadora e materiais necessários à incubação de ovos e manutenção de filhotes. O objetivo é aumentar as chances de sobrevivência em casos extremos onde há ameaça aos ovos, ou risco de morte dos filhotes.
Palestras educativas são realizadas rotineiramente para o público infantil de escolas do Mato Grosso do Sul e turistas que visitam a Estância Caiman, sede do Projeto. Há também intensa participação de membros da equipe em seminários e workshops no Brasil e em outros países.
Mais de 90 ninhos naturais foram recuperados. A área monitorada pelo Projeto em Mato Grosso do Sul chega a 400 mil hectares, com aproximadamente 3 mil indivíduos.
Mais de 150 acadêmicos, graduados e voluntários do Brasil e do exterior foram treinados desde o início do projeto.
Instalada uma micro filmadora dentro de um ninho natural para registrar como é feito o uso e a ocupação do ninho e o desenvolvimento dos filhotes. A medida está propiciando um aumento significativo no conhecimento do comportamento (treinamento de vôo, alimentação etc) e, principalmente, reprodução da espécie, embasando medidas de proteção e manejo.
Mais de 850 filhotes já foram anilhados no Mato Grosso do Sul.
Mais de 1000 araras vermelhas (Ara chloroptera) e 500 canindés (Ara ararauna) também estão sendo monitoradas por estarem na área de ocorrência das araras azuis.
Em 2000, pesquisadores, pantaneiros, ONGs, órgãos dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e IBAMA reuniram-se para analisar os resultados já obtidos e definir as prioridades para a conservação da arara-azul. Este esforços resultou em um Plano de Conservação para a espécies no Pantanal brasileiro.
Foi realizado um censo de uma grande população de arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) na fazenda São Francisco, Pantanal de Barão de Melgaço, em Mato Grosso, por uma equipe de pesquisadores coordenados por Pedro Scherer Neto.
Atividades Previstas:
De forma integrada com os demais projetos que compõem o programa Pantanal para Sempre, será dada ênfase à divulgação da arara-azul como símbolo de conservação do Pantanal e como elemento de educação ambiental junto aos turistas e público em geral. Além disso haverá continuidade no monitoramento das populações e dos ninhos e implantação de microchip em alguns filhotes para ajudar no monitoramento.

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