• Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus
• Maior entre os psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas)
• Chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda
• Peso de até 1,3 kg.
Habitat:
• No Pantanal, 90% dos ninhos de araras-azuis são feitos no manduvi, árvore com cerne macio
• As araras aumentam pequenas cavidades no tronco das árvores para fazer seus ninhos
• Os ninhos são forrados com serragem que as araras arrancam da árvore
• Há disputa com outras espécies por ser difícil encontrar cavidades naturais.
Comportamento:
• Gostam de voar em pares ou em grupo.
• Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes
• Nos fins de tarde, se reúnem em bandos em árvores “dormitório”
Alimentação:
• Se alimentam das castanhas retiradas de côcos de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiúva
• No caso do acuri, aproveitam aqueles caídos no chão, ruminados pelo gado ou por animais silvestres
• O côco da bocaiuva é colhido e comido diretamente no cacho.
Projeto Arara Azul...Descrição:
Projeto integrado de pesquisa biológica e educação ambiental para a proteção da arara azul grande, espécie ameaçada de extinção, no Pantanal mato-grossense.
Duração:
1999 (Outubro) - em andamento
Localização:
Pantanal (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso)
Contexto:
Conhecida como o continente das aves, a América do Sul possui 1/3 das espécies do planeta. Só o Brasil reúne 1/5 dos psitacídios existentes, isto é, 71 espécies distribuídas entre papagaios, periquitos, araras, maritacas e jandaias, entre outros. Ameaçada de extinção, a arara azul (Anodorynchus hyacinthinus) se destaca nesse cenário não só pela sua beleza, mas por ser a maior do mundo: aproximadamente um metro da ponta do bico à cauda e cerca de 1,3 quilo de peso.
De fácil visualização e bastante ruidosa, a arara azul impressiona pela coloração azul cobalto, sendo reconhecida como um dos atrativos turísticos do Pantanal.
A espécie é carismática e bastante popular entre os habitantes da região. Sua distribuição original abrangia Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e parte dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e do Pará. Devido à captura ilegal para atender à demanda do comércio nacional e internacional, à descaracterização do seu habitat e à coleta de penas para adornos indígenas e carnavalescos, tornou-se uma espécie ameaçada de extinção. A situação da arara azul na natureza só começou a mudar em 1990, quando foram iniciados os primeiros estudos da espécie no Pantanal Sul Mato-grossense (Guedes, 1993). Hoje elas têm uma possibilidade concreta de conservação graças aos trabalhos científicos e de conscientização realizados pela equipe de pesquisadores e educadores do Projeto Arara Azul junto aos proprietários de fazenda, população local e turistas que visitam o Pantanal. Cerca de 42 fazendas integram o projeto, abrigando aproximadamente 310 ninhos naturais e 170 artificias instalados. Os proprietários se comprometem a observar as araras e anotar dados, além de protege-las. Já os turistas são informados sobre a sua importância para o equilíbrio do Pantanal e a responsabilidade de cada um na proteção da espécie.
Descrição do Projeto:
O Projeto Arara Azul, iniciado há mais de 10 anos pela bióloga Neiva Guedes, tem como objetivo promover a conservação da arara azul grande na natureza, difundir a importância da conservação da biodiversidade do Pantanal sul-matogrossense e mobilizar a população em geral em favor da conservação da região. Compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais numa área de 400 mil hectares além do trabalho, em conjunto com proprietários locais, de proteção da espécie.
Parceiros/Executantes do Projeto :
Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal-UNIDERP, Fundação Manoel de Barros, Fundação Ecotrópica, Refúgio Ecológico Caiman (Miranda, MS), WWF-Brasil, Toyota.
Fonte de Recursos:
WWF-Brasil, UNIDERP-Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e Fundação Manoel de Barros.
Participação do WWF:
O WWF-Brasil subsidia os estudos biológicos e busca a integração dos esforços de pesquisa, educação ambiental, divulgação e políticas de proteção em todo o Pantanal. Simultaneamente, no estado do Mato Grosso, a organização está analisando a distribuição e a densidade da espécie em áreas de interesse. Desta forma vem promovendo, por meio da perpetuação da arara azul, a conservação do Pantanal brasileiro.
Principais Resultados:
Mais de 40 fazendas, espalhadas em quatro pantanais - Nhecolândia, Abobral, Miranda e Nabileque - foram contatadas e hoje integram o projeto ajudando no monitoramento da espécie.
Já se observa nítida mudança de atitude da população do Pantanal em função do trabalho educativo e do contato permanente desenvolvido pela equipe do Projeto Arara Azul. As comunidades locais, que costumavam ter a arara azul como animal de estimação, atualmente reconhecem a importância de mantê-las na natureza e se orgulham de vê-las voando livres.
Com a ajuda de alguns proprietários, o Projeto consegue monitorar 487 ninhos, artificiais e naturais. Cada um é verificado, em média, uma vez por mês e todos os dados são registrados em planilhas específicas. O acúmulo destas informações permite conhecer os padrões reprodutivos.
Na busca por minimizar a carência de cavidades naturais para a formação dos ninhos, é feita a oferta de ninhos artificiais.
Montagem de laboratório para manejo de filhotes "ex-situ" (fora do ambiente natural) em 2000. O laboratório conta com incubadora e materiais necessários à incubação de ovos e manutenção de filhotes. O objetivo é aumentar as chances de sobrevivência em casos extremos onde há ameaça aos ovos, ou risco de morte dos filhotes.
Palestras educativas são realizadas rotineiramente para o público infantil de escolas do Mato Grosso do Sul e turistas que visitam a Estância Caiman, sede do Projeto. Há também intensa participação de membros da equipe em seminários e workshops no Brasil e em outros países.
Mais de 90 ninhos naturais foram recuperados. A área monitorada pelo Projeto em Mato Grosso do Sul chega a 400 mil hectares, com aproximadamente 3 mil indivíduos.
Mais de 150 acadêmicos, graduados e voluntários do Brasil e do exterior foram treinados desde o início do projeto.
Instalada uma micro filmadora dentro de um ninho natural para registrar como é feito o uso e a ocupação do ninho e o desenvolvimento dos filhotes. A medida está propiciando um aumento significativo no conhecimento do comportamento (treinamento de vôo, alimentação etc) e, principalmente, reprodução da espécie, embasando medidas de proteção e manejo.
Mais de 850 filhotes já foram anilhados no Mato Grosso do Sul.
Mais de 1000 araras vermelhas (Ara chloroptera) e 500 canindés (Ara ararauna) também estão sendo monitoradas por estarem na área de ocorrência das araras azuis.
Em 2000, pesquisadores, pantaneiros, ONGs, órgãos dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e IBAMA reuniram-se para analisar os resultados já obtidos e definir as prioridades para a conservação da arara-azul. Este esforços resultou em um Plano de Conservação para a espécies no Pantanal brasileiro.
Foi realizado um censo de uma grande população de arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) na fazenda São Francisco, Pantanal de Barão de Melgaço, em Mato Grosso, por uma equipe de pesquisadores coordenados por Pedro Scherer Neto.
Mais de 40 fazendas, espalhadas em quatro pantanais - Nhecolândia, Abobral, Miranda e Nabileque - foram contatadas e hoje integram o projeto ajudando no monitoramento da espécie.
Já se observa nítida mudança de atitude da população do Pantanal em função do trabalho educativo e do contato permanente desenvolvido pela equipe do Projeto Arara Azul. As comunidades locais, que costumavam ter a arara azul como animal de estimação, atualmente reconhecem a importância de mantê-las na natureza e se orgulham de vê-las voando livres.
Com a ajuda de alguns proprietários, o Projeto consegue monitorar 487 ninhos, artificiais e naturais. Cada um é verificado, em média, uma vez por mês e todos os dados são registrados em planilhas específicas. O acúmulo destas informações permite conhecer os padrões reprodutivos.
Na busca por minimizar a carência de cavidades naturais para a formação dos ninhos, é feita a oferta de ninhos artificiais.
Montagem de laboratório para manejo de filhotes "ex-situ" (fora do ambiente natural) em 2000. O laboratório conta com incubadora e materiais necessários à incubação de ovos e manutenção de filhotes. O objetivo é aumentar as chances de sobrevivência em casos extremos onde há ameaça aos ovos, ou risco de morte dos filhotes.
Palestras educativas são realizadas rotineiramente para o público infantil de escolas do Mato Grosso do Sul e turistas que visitam a Estância Caiman, sede do Projeto. Há também intensa participação de membros da equipe em seminários e workshops no Brasil e em outros países.
Mais de 90 ninhos naturais foram recuperados. A área monitorada pelo Projeto em Mato Grosso do Sul chega a 400 mil hectares, com aproximadamente 3 mil indivíduos.
Mais de 150 acadêmicos, graduados e voluntários do Brasil e do exterior foram treinados desde o início do projeto.
Instalada uma micro filmadora dentro de um ninho natural para registrar como é feito o uso e a ocupação do ninho e o desenvolvimento dos filhotes. A medida está propiciando um aumento significativo no conhecimento do comportamento (treinamento de vôo, alimentação etc) e, principalmente, reprodução da espécie, embasando medidas de proteção e manejo.
Mais de 850 filhotes já foram anilhados no Mato Grosso do Sul.
Mais de 1000 araras vermelhas (Ara chloroptera) e 500 canindés (Ara ararauna) também estão sendo monitoradas por estarem na área de ocorrência das araras azuis.
Em 2000, pesquisadores, pantaneiros, ONGs, órgãos dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e IBAMA reuniram-se para analisar os resultados já obtidos e definir as prioridades para a conservação da arara-azul. Este esforços resultou em um Plano de Conservação para a espécies no Pantanal brasileiro.
Foi realizado um censo de uma grande população de arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) na fazenda São Francisco, Pantanal de Barão de Melgaço, em Mato Grosso, por uma equipe de pesquisadores coordenados por Pedro Scherer Neto.
Atividades Previstas:
De forma integrada com os demais projetos que compõem o programa Pantanal para Sempre, será dada ênfase à divulgação da arara-azul como símbolo de conservação do Pantanal e como elemento de educação ambiental junto aos turistas e público em geral. Além disso haverá continuidade no monitoramento das populações e dos ninhos e implantação de microchip em alguns filhotes para ajudar no monitoramento.
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